Línguas. Inglês e Afrikaans. Mais o dialeto correspondente à origem étnica das muitas populações africanas que compõem o país. Negros urbanos e da zona rural. Mestiços. Brancos de língua Afrikaans, brancos de língua inglesa. Asiáticos, maioria de origem indiana, falando inglês e línguas indianas como Telugu ou o Gujarati, em menor freqüência.
Um exemplo de língua menor é a Khoi-san. O idioma Khoi-san é uma das oito línguas oficialmente reconhecidas no país, está restrita à fala de pequenos grupos, mas grupos significativos. A Babel sul-africana musicalmente privilegia o Afrikaans, idioma que possui mercado para todos os gêneros ocidentais, como o rock, pop, hip hop.
Mas muitos negros abandonaram o Afrikaans para valorizar idiomas tradicionais africanos, e dessa tentativa nasce o Kwaito. Um ritmo que tem “os miúdos feitos de fome, abuso, falta de pai, violência e armas”. A fala de Bonginkosi Dlamini – mais conhecido pelo seu nome artístico: Zola – refere-se àquilo que cerca a vida dos negros nos guetos. Assim como o rap e o hip hop conseguem de lá tirar inspiração para as letras, de lá artistas da África do Sul extraíram algo mais fértil: um estilo musical próprio.